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A evolução da densidade populacional nos últimos anos pauta-se por uma tendência descendente em todas as NUTS III do Alentejo. Este facto confirma o fenómeno de desertificação vivido na Região Alentejo desde a década de 70. A implementação de estratégias, programas e ações direcionadas para o desenvolvimento socioeconómico, ainda que apresentem alguns resultados ao nível da sub-região Alentejo Central, não têm no entanto sido suficientes para inverter esta tendência.
Ainda assim, o Alentejo Central é desde 1981, a sub-região com mais população residente no chamado “Alentejo Tradicional”, que não inclui a NUT III Lezíria do Tejo.
Dentro do contexto regional, o Alentejo Central tem vindo a caracterizar-se por um comportamento relativamente positivo em termos populacionais. No entanto, a tendência para a perda populacional é marcante e, se entre 1991 e 2001, a sub-região tinha conseguido desacelerar esta tendência (graças a um saldo migratório positivo), os resultados dos últimos censos revelam uma aceleração da quebra populacional, tendo o Alentejo Central perdido 4% da sua população na última década e registado um saldo natural e migratório negativos.
Olhando para os concelhos que integram esta sub-região, verifica-se que aqueles que apresentam maior número de habitantes em 2011 são, por ordem crescente, Estremoz, Montemor-o-Novo e Évora, destacando-se Mourão como o menos populoso e também o que mais população perdeu (-17,6%) entre os dois exercícios censitários (é um dos 10 concelhos a nível nacional onde esta perda populacional é mais significativa).
Dentro da tendência de quebra populacional, destaque para os municípios de Évora e Vendas Novas, cuja população continuou a aumentar, mantendo uma tendência já verificada, ainda que a um ritmo muito menor do que o ocorrido na década anterior. Estremoz, que tinha visto a sua população crescer 1,36% em 2001, regista agora uma quebra significativa de 8,64%. O município de Viana do Alentejo vê pela primeira vez nos últimos 20 anos, a sua população aumentar em 2,28%.
Quando analisada a evolução do desemprego nos concelhos do Distrito de Évora entre 2009 e 2013 e considerando as médias mensais, constatam-se aumentos superiores a 25% em todos os municípios, atingindo variações acima de 60% em municípios como Borba (+60,6%), Vila Viçosa (+61,7%), Arraiolos (+65,5%), Estremoz (+84,4%) ou Mourão (+151,7%).
Entre as principais condicionantes que marcam o ajustamento entre a oferta e a procura de emprego, sobressai a divergência entre as competências exigidas pelas entidades empregadoras e as detidas pelos candidatos a emprego (escolaridade, qualificações, experiência profissional), a que acresce o facto das condições propostas serem frequentemente consideradas pouco atrativas pelos trabalhadores (ex: salários, horários, oportunidades de qualificação e de progressão na carreira, rede de transporte, alojamento, etc.).
A análise do grau de instrução no Alentejo Central revela uma distribuição muito próxima da distribuição a nível nacional. O nível de instrução predominante na sub-região é o Ensino Básico, abrangendo 55% da população total. É de destacar, igualmente, a percentagem de população que não adquiriu qualquer grau de ensino, que é, nesta sub-região, equivalente a 12% dos residentes (8% no país). 13% Da população detém grau de instrução superior e destes 60% são mulheres, também à semelhança da média nacional.
Agregados Domésticos (%) | Indivíduos (%) |
||||||
| Acesso a Computador (inclui computador de bolso) | Ligação à internet | Ligação à internet através de banda larga | Utilização de Computador | Utilização da Internet | Utilização de Telemóvel | Utilização de caixa automática (Multibanco) |
Portugal | 63,7 | 58,0 | 56,6 | 58,2 | 55,3 | 92,1 | 75,8 |
Continente | 63,8 | 58,0 | 56,6 | 58,4 | 55,5 | 92,1 | 76,1 |
Norte | 62,8 | 55,1 | 53,3 | 53,3 | 49,8 | 90,8 | 71,2 |
Centro | 58,7 | 52,5 | 50,7 | 54,1 | 50,7 | 90,7 | 75,4 |
Lisboa | 71,4 | 68,0 | 67,2 | 70,1 | 68,2 | 95,0 | 83,6 |
Alentejo | 53,6 | 48,8 | 48,0 | 51,7 | 49,1 | 91,8 | 74,0 |
Algarve | 63,1 | 58,3 | 57,1 | 61,9 | 58,7 | 93,2 | 76,6 |
O Alentejo Central é a NUT III com mais população ativa de toda a região, excluindo a Lezíria do Tejo, facto que poderá estar ligado ao facto de ser a sub-região com mais população residente mas também à sua dinâmica económica e empresarial, à sua localização geoestratégica, bem como à crescente tendência de entrada de mão-de-obra feminina no mercado de trabalho, consequência do aumento de escolaridade desta população.
Esta maior participação da mulher no mercado de trabalho é no entanto acompanhada de um aumento do risco de desemprego neste grupo. No primeiro trimestre de 2013 registou-se um aumento da taxa de desemprego que se deveu sobretudo a um aumento substancial do desemprego feminino.
A taxa de atividade do Alentejo Central era em 2011 de 45,9%, ligeiramente abaixo da média nacional (47,6%). No que respeita aos concelhos do Alentejo Central, os que apresentam valores acima da média sub-regional são Arraiolos e Évora (portanto com maior disponibilidade de ativos), e no sentido inverso, os municípios de Alandroal e Mourão apresentam uma taxa de atividade muito abaixo da média sub-regional. São também estes dois municípios que registam as taxas de desemprego mais elevadas da sub-região em 2011, com 15,62% e 22,85% respetivamente, muito acima da taxa de nacional que rondava os 13,18% nesta altura. Os municípios de Arraiolos, Montemor-o-Novo, Vendas Novas e Viana do Alentejo são os que registavam as taxas de desemprego mais baixas no conjunto da sub-região (2011).
O envelhecimento populacional é uma realidade em Portugal e, de uma forma mais acentuada, em toda a região Alentejo, sendo em 2011 a região mais envelhecida do país. O Alentejo Central apresenta um índice de envelhecimento superior ao da média regional, sobretudo em função do acentuado declínio da taxa de fecundidade, o que se constitui como um fator negativo e preocupante para o seu desenvolvimento. Em 2011, por cada 100 jovens no Alentejo Central, existiam 184 idosos. Esta evolução desfavorável começou por ser um reflexo dos fenómenos migratórios, sendo hoje em dia resultado de fatores endógenos, tais como o crescimento natural negativo e a incapacidade de atração de população.
Finalmente, em relação ao acesso e utilização de novas tecnologias, o Alentejo continua com níveis inferiores relativamente ao resto do país e a todas as outras regiões do continente. Apenas no que diz respeito à utilização de telemóvel e de caixa automática multibanco a percentagem de indivíduos se revela superior face a outras regiões e muito próxima da média nacional. A estrutura da população portuguesa em termos de envelhecimento e iliteracia que, ao nível do Alentejo apresenta valores ainda mais preocupantes, pode justificar em parte esta realidade. Comparando estes dados com os referentes a 2006, verificamos contudo uma evolução positiva em todos os indicadores, sobretudo na ligação à internet (subiu de 27% para 58%) e no acesso à banda larga (subiu de 16% para 48%), fruto dos investimentos feitos na região a este nível.
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