35ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola
publicado em 8 de fevereiro de 2017
A Volta ao Alentejo Crédito Agrícola chega, este ano, mais cedo e será mais competitiva. Entre 22 e 26 fevereiro, com início em Portalegre e final em Évora, a “Alentejana” trepou mais um degrau na hierarquia da UCI – União Ciclista Internacional e regressa ao escalão 2.1 abrindo portas à participação de mais e melhores equipas do ciclismo mundial.
19 Equipas, entre elas a Movistar, formação que venceu o ranking mundial, em 2016, vão competir nos quase 900 quilómetros da competição organizada pela Podium Events em parceria com a CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central. Para Joaquim Gomes, diretor da Volta ao Alentejo, nesta edição da prova “asseguramos, mais uma vez, a presença nas quatro sub-regiões do Alentejo com o envolvimento de cerca de três dezenas e meia de Municípios”. A subida de escalão é também motivo de orgulho. “É um passo, importante, rumo à recuperação do estatuto internacional que a prova ostentou nos anos 90. Sem usufruir, naturalmente, de grandes percursos montanhosos, as planícies alentejanas revelam, há muito, outros argumentos que, aplicados ao fantástico mundo do ciclismo, têm proporcionado épicas batalhas na luta pela liderança, quer da “Alentejana”, quer da Volta a Portugal”, relembra Joaquim Gomes.
É neste contexto que aumentam e se tornam legítimas as expectativas em torno da competição. Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, recorda o historial rico da prova. “A Volta ao Alentejo foi uma das primeiras corridas em Portugal a ter uma grande figura do ciclismo internacional, quando Miguel Indurain venceu a prova em 1996. Foi sempre uma prova singular e esta subida de categoria, para além de muito importante, é também natural. É uma aposta no caminho certo que nos deixa muito felizes. E para os ciclistas é mais uma oportunidade para marcarem presença numa corrida com o nível competitivo mais elevado.”
Mapa da “Alentejana”
Pelo terceiro ano consecutivo, a Volta ao Alentejo Crédito Agrícola vai começar na capital do alto Alentejo. De Portalegre a Castelo de Vide, o pelotão de 152 homens vai enfrentar o percurso mais pequeno (158 quilómetros), mas também o mais difícil com quatro contagens de montanha no Parque Natural da Serra de São Mamede. A chegada a Castelo de Vide está prevista para as 16 horas, horário previsível para todos os finais de etapa.
Após um trajeto inaugural mais montanhoso, o pelotão vai começar a rasgar as estradas da planície, entre Monforte e Portel, com o “Grande Lago” Alqueva, como pano de fundo. A segunda etapa (170 quilómetros) terá um único prémio de montanha em Monsaraz. A terceira tirada, a mais longa, com 208 km, levará a caravana de Mourão até Mértola, a “Capital “do Vale do Guadiana. O quarto dia de prova vai começar em Odemira, e, após 175 quilómetros, em que o Litoral Alentejano somente se deixa encobrir pela Serra de Grândola, vai terminar em Alcácer do Sal.
No fim, e a caminho da cerimónia de coroação do 35º vencedor da Volta ao Alentejo, será feita a ligação de quase 170 quilómetros entre Ferreira do Alentejo e Évora, com o Baixo Alentejo a devolver, simbolicamente, a prova ao Alentejo Central.
Resumo Etapas 2017
1ª Etapa – 22.02 – Partida Simbólica: 12h00 – Portalegre / Castelo de Vide – 158km
2ª Etapa – 23.02 – Partida Simbólica: 11h50 – Monforte / Portel – 171,3km
3ª Etapa – 24.02 – Partida Simbólica: 10h50 – Mourão / Mértola – 208,0km
4ª Etapa – 25.02 – Partida Simbólica: 11h45 – Odemira / Alcácer do Sal – 175,2km
5ª Etapa – 26.02 – Partida Simbólica: 11h50 – Ferreira do Alentejo / Évora – 168,9km
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